Conforme reportagem publicada pelo Valor Econômico nesta terça-feira (28), o Brasil registrou em 2024 o maior número de pedidos de recuperação judicial de sua história, totalizando 2.273 solicitações. Esse volume é 61,8% maior em relação a 2023 e reflete os desafios econômicos enfrentados pelas empresas, como a alta taxa básica de juros (Selic), a valorização do dólar e a redução do acesso ao crédito.
As micro e pequenas empresas foram as mais impactadas, representando 73,7% dos pedidos. O setor de serviços liderou em volume, reforçando a vulnerabilidade desses negócios no atual cenário. As projeções indicam que a crise continuará em 2025, com a manutenção de juros elevados e um ambiente econômico menos favorável, o que pode agravar ainda mais a situação financeira das empresas.
Para as cooperativas de crédito, esse cenário exige redobrado cuidado na concessão de crédito e maior atenção aos riscos relacionados às cooperadas. O aumento de inadimplência e a complexidade dos processos de recuperação judicial demandam planejamento estratégico para minimizar impactos e buscar soluções eficazes para a recuperação dos créditos.
Além disso, as cooperativas possuem tratamento diferenciado na legislação, com prerrogativas que precisam ser defendidas para viabilizar a recuperação dos valores devidos. Por isso, é fundamental contar com assessoria jurídica especializada, que seja capaz de assegurar os interesses das cooperativas diante das particularidades e desafios que os processos de recuperação judicial apresentam.